sábado, 3 de julho de 2010

Página que não vira

 

“Fingir não é difícil, quando se finge que se finge”

(A Marca de Uma Lágrima)

 

Aqui estou eu e aí está você. Você me olha e eu te olho. Eu falo contigo e você comigo. Mas não adianta o quanto eu tente tentemos, sei que as coisas não vão ser mais as mesmas… pelo menos para mim. Se o erro foi só meu, eu não sei. Eu não devia ter… não importa. Só sei que me arrependo. Me arrependo de ter alimentado esse sentimento, por ter acreditado em algo que não existe. Me arrependo de ter tentado (e conseguido!) fazer algo que não devia e que, eu devia saber, iria mudar tudo e não deixaria mais as coisas serem as mesmas, não para mim. Sei que pedi pra você esquecer o que houve, pra fingir que aquilo não aconteceu. Você deve estar conseguindo, mas eu não. Fico pensando “se é errando que se acerta, eu errei pra acertar depois, ou acertei, errando assim o que seria certo?” Só queria tirar tudo isso da minha cabeça.. mas não importa, porque no final das contas sempre acaba assim: aqui estou eu e aí está você. Você me olha e eu te olho. Eu falo contigo e você comigo. Voltamos ao começo e a página desse livro não vira.

- deeh'

Um comentário: